quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Após 13º título mundial, Buchecha afirma: "Enquanto sentir medo de perder, terei o prazer da vitória"

Após 13º título mundial, Buchecha afirma:

Treze vezes campeão mundial. No meio esportivo, é raro atribuir a algum atleta tamanha conquista. E isto dá uma noção do tamanho do feito de Marcus de Almeida, o Buchecha, que subiu ao lugar mais alto do pódio duas vezes (no peso, ao bater Ricardo Evangelista, e no absoluto, ao "fechar" com Leandro Lo) no Mundial de Jiu-Jítsu, sediado na Califórnia (EUA), no último domingo. Engana-se, porém, quem acha que o paulista, recordista de títulos da competição, já se acostumou à vitória. Para ele, cada torneio tem sua peculiaridade e, por isso, a busca por uma motivação é essencial para manter o alto nível por tanto tempo.

- Enquanto eu sentir aquele nervosismo, aquele frio na barriga antes de entrar no tatame, aquele medo de perder, eu vou sentir o prazer da vitória. Ganhar é uma sensação única, um sentimento impossível de sentir de outra maneira. O segredo é manter os pés no chão e achar uma motivação. Sem ela fica muito difícil conseguir treinar, conseguir alcançar algo - relatou Buchecha, em entrevista ao Combate.com.


Buchecha entrou no tatame nesta edição como o principal vencedor do Mundial - ano passado superou os recordistas Roger Gracie e Bruno Malfacine ao alcançar o 11º título. O paulista conta que, diferentemente de 2018, quando entrou pressionado a fazer história, desta vez, ficou à vontade para arriscar mais posições e finalizações. E acabou dando certo, pois chegou à decisão da categoria e da divisão aberta mais uma vez.


- Eu estava bem confiante, treinei muito. Fiz tudo o que tinha que fazer, o que ajuda muito a chegar com a cabeça boa no dia da competição. Ano passado eu tinha muito aquela pressão por conta dos títulos e, mesmo não sendo o meu principal objetivo, aquilo ficou na minha cabeça. No final deu tudo certo: quebrei o recorde e entrei para a história do jiu-jítsu - comentou Buchecha, campeão peso e absoluto também em 2012, 2013, 2014, 2016 e 2017.


Depois de meses de treinamento e dedicação total à preparação para o Mundial, Buchecha quer tirar um tempo para descansar. Sem dar pistas sobre o futuro, o lutador garante que sua transição para o MMA não irá acontecer em 2020.

- Eu sempre fui um cara que nunca pensei muito no amanhã, sempre vivi o hoje intensamente e tem dado tudo muito certo na minha vida desse jeito. Eu vou esperar a ficha cair um pouco, viajar, que é o que eu gosto de fazer. Está muito cedo ainda para pensar no próximo Mundial. Por enquanto, não pensei em aposentadoria, também não decidi nada sobre MMA, talvez futuramente, mas não agora, não para o próximo ano.

Fonte: Sport TV

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